15 abril, 2009

26 março, 2009

Gel vaginal que previne SIDA

Um creme vaginal conseguiu bloquear, em macacas, a infecção por um vírus semelhante ao HIV (vírus da imunodeficiência humana).

Cientistas liderados por Ashley Haase, da Universidade de Minnesota (EUA), conseguiram proteger cinco fêmeas de macaco, usando um gel com GML (glycerol monolaurate, em inglês).
Caso os testes com humanos sejam satisfatórios, o GML deverá ser colocado na vagina de uma a duas horas antes da relação sexual.

A diferença desta substância está no facto de ela actuar sobre a resposta inflamatória da vagina, isto é, em vez de atacar o vírus, ela bloqueia a reacção inflamatória. Assim, parar o sistema natural de defesa do corpo pode, na verdade, impedir a transmissão e a expansão do vírus da SIDA pois o HIV precisa de células imunológicas para atacar. Sem elas, o vírus não avança.

Como o produto é barato e largamente testado em cosméticos, ele poderá ser a base de um medicamento preventivo para novas infecções em humanos, tal como sugerem os autores do estudo. Caso se prove a sua eficácia em pessoas, o gel pode ser útil em lugares como a África subsaariana, onde há mais de 20 milhões de seropositivos e onde 60% das novas infecções são em mulheres.

19 março, 2009

Filhos de Três Pais

Em 2001 nasceram cerca de trinta crianças “filhas de três pais”. Este foi o resultado de um programa experimental, realizado num laboratório americano, de uma técnica para tratamentos de infertilidade.

Diz-se que estes bebés são “filhos de três pais” pois, quando foram feitos os testes genéticos, através da impressão digital, foi-lhes diagnosticada uma quantidade de genes que não foi herdada nem do pai, nem da mãe. As crianças poderão ter recebido estes genes de um dador que teria fornecido material genético à mãe com problemas de fertilidade.

Ainda não se sabe se esta alteração genética pode vir a ter consequências, no entanto, sabe-se que os genes adicionais também alteram o material genético que estas crianças vão passar aos seus filhos.

Desafio!: Vários grupos de cientistas acharam este tratamento anti-ético devido ao desconhecimento das suas consequências. E tu, o que achas?


01 março, 2009

Seropositivo "curado" após transplante


Um seropositivo há dez anos curou-se da Sida após um transplante de medula óssea, feito para tratar a leucemia que contraiu entretanto.

O dador da medula era portador de uma mutação genética que elimina da superfície das células a proteína CCR5, ao qual o HIV se liga para nelas entrar e aí proliferar.

O problema é que esta mutação, que parece conferir aos seus detentores imunidade face ao HIV, é rara, pois está presente em apenas 1 a 3% da população europeia. Como tal, é difícil encontrar pessoas com esta mutação.
João Gonçalves, investigador no Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, diz: "É um avanço para o conhecimento de uma via, não para uma nova estratégia terapêutica” e isto porque, "são muitas as variáveis para se institucionalizar uma terapêutica desse modo".

É preciso ter em conta que é necessário que o dador seja compatível e que tenha esta rara mutação genética, assim como também é necessário que esta se encontre num estádio muito inicial.

Como tal e de acordo com o que o investigador afirmou, esta estratégia de cura da SIDA está ainda num estado embrionário pois, embora este caso permitisse o conhecimento de que a eliminação do CCR5 pode tornar as pessoas resistentes à entrada do vírus da SIDA, ainda é cedo para se pensar que assim já se consegue criar uma forma de tratamento para os doentes infectados.

16 fevereiro, 2009

Liga Portuguesa - Cancro no Colo do Útero



Se viste o filme já sabes, evita o cancro do colo do útero, fazendo o exame do Papanicolau. Este exame consiste na recolha de material do colo do útero que será analisado em laboratório e é importante porque, para além de diagnosticar a doença, permite também determinar o risco de uma mulher vir a desenvolver este cancro.
As mulheres devem fazer este exame, de preferência, todos os anos, e a melhor altura é uma semana antes da menstruação, evitando duches e relações sexuais 3 dias antes do exame.
Se tiverem mais alguma dúvida, perguntem-nos. Mas, o que nós aconselhamos é que falem com o vosso médico de família ou com um médico especialista.
E não se esqueçam, passem a palavra e, principalmente,
previnam-se para não terem de remediar!

04 fevereiro, 2009

Tratamento para doenças na Espinal Medula


A FDA, agência reguladora da fabricação e comercialização de medicamentos e alimentos nos Estados Unidos da América, autorizou uma empresa da Califórnia a realizar o primeiro teste em humanos com células tronco retiradas de embriões, também humanos.

Células tronco são células totipotentes, isto é, desenvolvendo-se vão dar origem a todos os tecidos do nosso corpo. Estas, que haviam sido retiradas de embriões descartados por clínicas de fertilização, vão ser utilizadas para tratar pessoas que sofrem de danos graves na espinal medula.

Os cientistas afirmam tratar-se de um “marco importante” na história da Ciência. Dizem que quem sofre deste tipo de doenças não pode ter muitas esperanças quanto à recuperação da zona abaixo do ponto onde ocorreu a lesão, mas, se as células forem implantadas e houver uma boa resposta do organismo, o caso muda de figura e dá-se o restabelecimento das funções da medula.

O tratamento consiste na injecção de células tronco na zona lesada e, durante o primeiro ano, num controlo exigente e apertado sobre os pacientes. Deste modo, podem ser detectadas, o mais cedo possível, consequências, quer sejam boas ou más.

Outras das particularidades desta experiência é que se pode aplicar, não só a problemas da espinal medula, como a muitas outras doenças. Como se tratam de células com a capacidade de formar todas as do nosso corpo, pensa-se que poderão ser utilizadas consoante as necessidades do doente, dependendo do que ele precisa. Os cientistas vêem nas células tronco grandes promessas para o tratamento de doenças como Parkinson, Alzheimer e Diabetes, e pensam que as mais eficazes são as obtidas a partir de embriões nas primeiras fases da gravidez.

Mas esta opinião não é geral. Será correcta a utilização de embriões (seres vivos em desenvolvimento) para o tratamento de doenças? Levantam-se, de facto, muitos problemas principalmente éticos sobre estas experiências. Até porque muitos concordam que não há só motivos científicos relacionados com a autorização, mas também políticos. Dizem até que “mais que obter um resultado científico, eles querem provar que estas células funcionam. A meta do tratamento regenerativo deveria ser que o corpo se curasse a si mesmo. Neste caso, a meta é criar um produto para ser vendido ao público”.



Desafio!: E tu, o que achas sobre a utilização de células tronco de embriões congelados para a cura de algumas doenças?

Embriões Excedentários: Quando se recorre a métodos de reprodução medicamente assistida, há sempre alguma probabilidade de fracasso. Deste modo, principalmente na Fertilização In-Vitro, faz-se a fecundação entre vários gâmetas e implantam-se alguns deles. Assim, se não ocorrer uma gravidez, podem-se implantar novos embriões e, se a mulher engravidar, são congelados para mais tarde (supostamente) serem utilizados.

26 janeiro, 2009

Bebé geneticamente modificado

Pesquisadores da University College London (UCL), na Grã-Bretanha, anunciaram o nascimento do primeiro bebé concebido de forma a evitar determinados tipos de cancro.
Esta criança foi concebida através de um método de procriação medicamente assistida, denominada Fertilização in-vitro. Deste modo, o bebé desenvolveu-se a partir de um embrião seleccionado por cientistas por não conter um gene específico que aumenta em 80% a probabilidade de surgimento de cancro na mama e em 60% o de cancro no ovário. Além disso, 50% dos portadores do gene passam-no aos filhos.
De acordo com os médicos, esta experiência abre caminho para terminar com este tipo de cancro genético.
O tratamento está ser oferecido, experimentalmente, apenas a famílias com históricos graves da doença - mortes prematuras de parentes.
A técnica utilizada, que levou a detectar a doença nos embriões, é denominada Diagnóstico pré-implantatório. Esta técnica consiste na extracção de uma única célula do embrião e na sua análise. Assim, são despistadas doenças resultantes de mutações cromossómicas, por exemplo.
Uma das vantagens da técnica, de acordo com a equipa da UCL, é que evita as consequências físicas e emocionais de um aborto. O líder da equipa de médicos acrescentou que "Os pais dela foram poupados do risco de ter passado esta doença à filha”.