27 outubro, 2008

Espermicidas

Agora iremos falar de um método muito pouco utilizado: os espermicidas.
Os espermicidas são substâncias químicas que existem sob a forma de cremes, geleias, espumas e comprimidos vaginais.

Devem ser aplicadas no fundo da vagina, perto do colo do útero, 15 a 60 minutos antes da relação sexual. A lavagem vaginal para a remoção de um espermicida só deve ser feita passadas 6 horas depois do acto sexual.
Têm como único objectivo aniquilar os espermatozóides que para ali se possam dirigir, evitando assim a sua passagem pelo útero e possível fecundação.
Como qualquer método contraceptivo, os espermicidas também têm vantagens e desvantagens.
Vantagens:
- Não afecta negativamente a saúde da pessoa que o utiliza.
- Muito útil para mulheres que tenham alguma contra indicação ao uso de outros métodos contraceptivos.
- Fácil utilização e não requer supervisão clínica.
Desvantagens:
- Pode provocar reacções alérgicas tanto nas mulheres como nos homens.
- Taxa de eficácia baixa, de apenas 20% , pelo que deve ser utilizado juntamente com outros métodos contraceptivos, como por exemplo o preservativo.

Desafio!!:
Na tua opinião os espermicidas podem oferecer alguma protecção contra IST's?

15 outubro, 2008

Preservativo Masculino

Hoje vamos falar de um dos métodos contraceptivos mais usados, o preservativo masculino. No entanto, não esquecemos que existe também o preservativo feminino, mas que é menos usual.

O preservativo é uma capa fina de latéx, usada na vagina ou no pénis, em que ficam retidos os espermatozóides, evitando assim uma possível gravidez.

Este método, quando usado correctamente, tem uma eficácia que varia de 82% a 97%, sendo um dos métodos contraceptivos com mais eficácia.

Como todos os métodos, este também tem desvantagens, tais como ter de ser comprado pelos utilizadores e não ser reutilizável. Mas nem tudo são más notícias. Também tem vantagens como não fazer mal à saúde e, o mais importante, prevenir as DST, inclusive a SIDA.

Pode haver efeitos colaterais como irritações ou alergias, mas se se for trocando de marca e se usar lubrificante, isso ajudará a não ter alergias.

Já sabem, para relações pouco sérias: preservativo sempre!

Desafio!: Quais as razões que levam as pessoas a não usar preservativo, mesmo havendo tanta divulgação?

Até à próxima publicação onde faremos uma sondagem das respostas dos nossos leitores!

12 outubro, 2008

Pílula do dia seguinte

Chegou a altura de vos falar da pílula do dia seguinte, um comprimido que se toma após uma relação sexual com vista a evitar uma gravidez indesejada.

Quando não se tomam precauções, como o uso da pílula ou preservativo, pode ocorrer fecundação. A pílula do dia seguinte consiste em doses elevadas de hormonas, sobretudo estrogénio, e deve ser tomada em duas doses separadas. O primeiro comprimido deve ser tomado logo que possível após a relação sexual desprotegida e o segundo comprimido entre, no mínimo, 12 e, no máximo, 24 horas após a primeira toma. Este método contraceptivo de emergência evita a fecundação, se esta ainda não se deu, pois inibe a ovulação ou o crescimento do endométrio (parede uterina) que, por não alcançar as condições favoráveis para que ocorra a nidação, impede que a gravidez aconteça.
Este processo não evita as Doenças Sexualmente Transmissíveis e não se pode considerar abortivo pois não interrompe uma gravidez que já se tenha iniciado. Não há sequer dados de que a pílula do dia seguinte provoque danos no feto que se está a desenvolver.

Estes comprimidos devem ser tomados em situações como:
  • Rompimento ou esquecimento do preservativo;
  • Esquecimento da pílula contraceptiva oral para além do prazo máximo admitido após a última toma;
  • Expulsão do DIU (Dispositivo Intra-Uterino);
  • Remoção antecipada ou deslocamento de um diafragma vaginal ou de um cone contraceptivo;
  • Falha do método do coito interrompido;
  • Relação sexual durante o período supostamente fértil quando se optou pelo método da abstinência periódica;
  • Em caso de violação.
Agora respondendo à nossa pergunta. De facto a pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência que não deve ser usado muito frequentemente. A pílula pode provocar dores de cabeça, tonturas, sensibilidade mamária, dores musculares e abdominais, náuseas e vómitos, aparecimento de hemorragia vaginal e fadiga, entre outras.

Desafio!: O próximo tema de que vos vamos falar é do preservativo.
Sendo este um método contraceptivo grátis, visto que é oferecido nos centros de saúde, e tão fácil de usar, porque é que acham que ainda há tantas grávidas adolescentes ?

06 outubro, 2008

Pílula: Eficácia e Consequências


No último post lançámos algumas perguntas às quais obtivemos várias respostas verdadeiras, mas também muitas erradas.


O tópico em que obtivemos mais respostas erradas foi no “a pílula engorda”. A pílula por si só não engorda. O que acontece é que muitas raparigas que começam a tomar a pílula têm já uma certa tendência para engordar. Deste modo, quase tudo serve de “desculpa” do organismo para que a pessoa ganhe peso.
A pílula também não diminui a capacidade da mulher ter filhos. É, até, um método contraceptivo que preserva a fertilidade. Infecções e tumores, que podem ser algumas das causas de esterilidade na mulher, são raros em mulheres que tomam a pílula.

A pílula não é 100% eficaz até porque cada organismo reage de maneira diferente a estímulos exteriores. Não é total, mas é muito grande. Para se saber a eficácia de um método contraceptivo é normalmente usado o Índice de Pearl que consiste em calcular o número de gravidezes indesejadas em 100 mulheres, ao longo de um ano. O índice da pílula está entre 0,32 e o 1,25, isto quer dizer, em 100 mulheres cerca de 1, apenas, fica grávida.


Além disso, a pílula não tem só fins contraceptivos. Esta pode ser usada também para melhorar o acne, o excesso de pêlos, diminui as dores menstruais e o fluxo de sangue perdido.
Mas, apesar de todas as suas boas características, este método contraceptivo também tem os seus contras. Por exemplo, como a pílula é um comprimido que se ingere, demora tempo a que passe para a circulação. Assim, com problemas intestinais ou de estômago, o organismo pode não ter tempo de absorver tudo quanto precisa para que não ocorra ovulação. Deste modo, aquando a relação sexual, há que tomar outras precauções.


Desafio!:
Porque é que a pílula do dia seguinte é só um método usado em último caso? Será porque há muitas medidas que se podem tomar antes, sem se ter de recorrer a esta pílula, ou será por outras razões?

Esperamos que tenham ficado esclarecidos quanto às características da pílula e se tiverem dúvidas, já sabem, contem connosco!

04 outubro, 2008

Pílula, Mecanismo de acção.


O primeiro método contraceptivo de que vos vamos falar é a Pílula. Este tipo de contracepção é dos mais usados devido à facilidade de utilização e à sua quase total eficácia.

Dentro dos ovários da mulher, todos os meses, ocorre o desenvolvimento de folículos, estruturas que contêm uma célula que dará origem ao gâmeta feminino. Durante o desenvolvimento dos folículos, a rodear a célula germinativa, formam-se células foliculares a libertar hormonas. Estas hormonas, que ficam acumuladas em cavidades no interior dos folículos, começam a ficar em grande quantidade e a célula deixa de ter capacidade para as armazenar. Por esta razão, dá-se o rompimento da membrana citoplasmática e ocorre a ovulação que consiste na libertação de hormonas, algumas células foliculares e do gâmeta feminino, oócito II.



A tão conhecida pílula consiste em comprimidos que as mulheres tomam regularmente, ao longo do mês. Esta é constituída por estrogénio e progesterona que são as hormonas produzidas nos folículos. Com a sua administração, o organismo recebe quantidades regulares destas hormonas, o que faz com que elas passem a existir em grandes quantidades dentro dessas mulheres. Deste modo, e porque o nosso sistema está “programado”, neste caso, para actuar no sentido contrário ao que está a acontecer (feed-back negativo), uma mensagem é enviada. Isto é, há uma glândula ao nível do encéfalo, denominada Hipófise, que, através das hormonas FSH (hormona estimulante de folículos) e LH (hormona luteínica), comanda a produção de hormonas como o estrogénio e a progesterona, nos ovários, o desenvolvimento de folículos e, por consequência, a formação do gâmeta feminino. Ao tomar a pílula, a mulher está a “acumular” hormonas, por isso, é enviado à Hipófise a mensagem de que há excesso dessas hormonas, logo, tem de se produzir menos. Deste modo, a Hipófise produz menos FSH e LH o que vai provocar a inibição no desenvolvimento dos folículos. Assim, estes não ficam suficientemente maduros para que ocorra a ovulação. E sem ovulação não há fecundação, nem gravidez.

(Fontes: http://pt.wikipedia.org)



O próximo texto vai estar relacionado com a eficácia e com as consequências que a pílula traz ao nosso corpo e organismo. Mas antes disso, queremos lançar-vos outro desafio!

Desafio!: Mito ou Verdade?

  • Problemas intestinais ou de estômago não têm qualquer interferência com a pílula.

  • A pílula engorda.

  • A pílula é 100% eficaz.

  • A pílula diminui a fertilidade.

  • A pílula tem apenas fins contraceptivos.

Ficamos à espera dos vossos comentários!

01 outubro, 2008

TRIMESTRE DOS CONTRACEPTIVOS

Os métodos contraceptivos são dispositivos ou medicamentos a que o casal pode recorrer de modo a evitar uma gravidez.

Actualmente já existem vários métodos sobre os quais iremos falar durante este trimestre. Assim, os nossos leitores estarão muito mais informados e, sempre que tiverem dúvidas, contem connosco! Começa agora o trimestre dos contraceptivos!


Desafio!:

Pensando, por exemplo, nos milhões de crianças que morrem à fome em África todos os dias e em alguns países que estão cada vez mais envelhecidos devido ao decréscimo da natalidade, o que achas do uso de métodos contraceptivos?