26 março, 2009

Gel vaginal que previne SIDA

Um creme vaginal conseguiu bloquear, em macacas, a infecção por um vírus semelhante ao HIV (vírus da imunodeficiência humana).

Cientistas liderados por Ashley Haase, da Universidade de Minnesota (EUA), conseguiram proteger cinco fêmeas de macaco, usando um gel com GML (glycerol monolaurate, em inglês).
Caso os testes com humanos sejam satisfatórios, o GML deverá ser colocado na vagina de uma a duas horas antes da relação sexual.

A diferença desta substância está no facto de ela actuar sobre a resposta inflamatória da vagina, isto é, em vez de atacar o vírus, ela bloqueia a reacção inflamatória. Assim, parar o sistema natural de defesa do corpo pode, na verdade, impedir a transmissão e a expansão do vírus da SIDA pois o HIV precisa de células imunológicas para atacar. Sem elas, o vírus não avança.

Como o produto é barato e largamente testado em cosméticos, ele poderá ser a base de um medicamento preventivo para novas infecções em humanos, tal como sugerem os autores do estudo. Caso se prove a sua eficácia em pessoas, o gel pode ser útil em lugares como a África subsaariana, onde há mais de 20 milhões de seropositivos e onde 60% das novas infecções são em mulheres.

19 março, 2009

Filhos de Três Pais

Em 2001 nasceram cerca de trinta crianças “filhas de três pais”. Este foi o resultado de um programa experimental, realizado num laboratório americano, de uma técnica para tratamentos de infertilidade.

Diz-se que estes bebés são “filhos de três pais” pois, quando foram feitos os testes genéticos, através da impressão digital, foi-lhes diagnosticada uma quantidade de genes que não foi herdada nem do pai, nem da mãe. As crianças poderão ter recebido estes genes de um dador que teria fornecido material genético à mãe com problemas de fertilidade.

Ainda não se sabe se esta alteração genética pode vir a ter consequências, no entanto, sabe-se que os genes adicionais também alteram o material genético que estas crianças vão passar aos seus filhos.

Desafio!: Vários grupos de cientistas acharam este tratamento anti-ético devido ao desconhecimento das suas consequências. E tu, o que achas?


01 março, 2009

Seropositivo "curado" após transplante


Um seropositivo há dez anos curou-se da Sida após um transplante de medula óssea, feito para tratar a leucemia que contraiu entretanto.

O dador da medula era portador de uma mutação genética que elimina da superfície das células a proteína CCR5, ao qual o HIV se liga para nelas entrar e aí proliferar.

O problema é que esta mutação, que parece conferir aos seus detentores imunidade face ao HIV, é rara, pois está presente em apenas 1 a 3% da população europeia. Como tal, é difícil encontrar pessoas com esta mutação.
João Gonçalves, investigador no Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, diz: "É um avanço para o conhecimento de uma via, não para uma nova estratégia terapêutica” e isto porque, "são muitas as variáveis para se institucionalizar uma terapêutica desse modo".

É preciso ter em conta que é necessário que o dador seja compatível e que tenha esta rara mutação genética, assim como também é necessário que esta se encontre num estádio muito inicial.

Como tal e de acordo com o que o investigador afirmou, esta estratégia de cura da SIDA está ainda num estado embrionário pois, embora este caso permitisse o conhecimento de que a eliminação do CCR5 pode tornar as pessoas resistentes à entrada do vírus da SIDA, ainda é cedo para se pensar que assim já se consegue criar uma forma de tratamento para os doentes infectados.