Células tronco são células totipotentes, isto é, desenvolvendo-se vão dar origem a todos os tecidos do nosso corpo. Estas, que haviam sido retiradas de embriões descartados por clínicas de fertilização, vão ser utilizadas para tratar pessoas que sofrem de danos graves na espinal medula.
Os cientistas afirmam tratar-se de um “marco importante” na história da Ciência. Dizem que quem sofre deste tipo de doenças não pode ter muitas esperanças quanto à recuperação da zona abaixo do ponto onde ocorreu a lesão, mas, se as células forem implantadas e houver uma boa resposta do organismo, o caso muda de figura e dá-se o restabelecimento das funções da medula.
O tratamento consiste na injecção de células tronco na zona lesada e, durante o primeiro ano, num controlo exigente e apertado sobre os pacientes. Deste modo, podem ser detectadas, o mais cedo possível, consequências, quer sejam boas ou más.
Outras das particularidades desta experiência é que se pode aplicar, não só a problemas da espinal medula, como a muitas outras doenças. Como se tratam de células com a capacidade de formar todas as do nosso corpo, pensa-se que poderão ser utilizadas consoante as necessidades do doente, dependendo do que ele precisa. Os cientistas vêem nas células tronco grandes promessas para o tratamento de doenças como Parkinson, Alzheimer e Diabetes, e pensam que as mais eficazes são as obtidas a partir de embriões nas primeiras fases da gravidez.
Mas esta opinião não é geral. Será correcta a utilização de embriões (seres vivos em desenvolvimento) para o tratamento de doenças? Levantam-se, de facto, muitos problemas principalmente éticos sobre estas experiências. Até porque muitos concordam que não há só motivos científicos relacionados com a autorização, mas também políticos. Dizem até que “mais que obter um resultado científico, eles querem provar que estas células funcionam. A meta do tratamento regenerativo deveria ser que o corpo se curasse a si mesmo. Neste caso, a meta é criar um produto para ser vendido ao público”.
Desafio!: E tu, o que achas sobre a utilização de células tronco de embriões congelados para a cura de algumas doenças?
Embriões Excedentários: Quando se recorre a métodos de reprodução medicamente assistida, há sempre alguma probabilidade de fracasso. Deste modo, principalmente na Fertilização In-Vitro, faz-se a fecundação entre vários gâmetas e implantam-se alguns deles. Assim, se não ocorrer uma gravidez, podem-se implantar novos embriões e, se a mulher engravidar, são congelados para mais tarde (supostamente) serem utilizados.
5 comentários:
Acho que é preferivel melhorar as condições de vida de quem tem doenças tão graves, do que conservar embriões congelados que poderão, ou não,dar origem a outro ser vivo. Sabemos que tudo na vida tem o seu lado comercial. Para se continuar a fazer experiências que levam a novas descobertas também é preciso dinheiro. Acaba por ser um ciclo vicioso.
Porque não? De outra maneira iriam ser destruidos!
Eu concordo com a utilização de embriões congelados para curar doenças. Quer dizer, os pais, que tinham responsabilidades sobre aqueles embriões, pelos vistos, não se interessaram por eles, agora há que aproveitar das poucas vantagens do congelamento de seres vivos aproveitando-os nestes casos.
E será ético congelar os embriões? Quer dizer, são seres vivos! Ocorreu a fecundação. Ao serem colocados no útero iam-se tornar num bebé! Eu não acho correcta a sua utilização porque não sou a favor se quer que se congelem...
Para responder à pergunta da Andreia vou utilizar uma frase de um anónimo "agora há que aproveitar das poucas vantagens do congelamento de seres vivos aproveitando-os nestes casos" e acho que isto é realmente verdade.
já que há tanta coisa incorrecta relacionada com o congelamento de embriões pelo menos que se utilizem para um fim benéfico!
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