Um seropositivo há dez anos curou-se da Sida após um transplante de medula óssea, feito para tratar a leucemia que contraiu entretanto.
O dador da medula era portador de uma mutação genética que elimina da superfície das células a proteína CCR5, ao qual o HIV se liga para nelas entrar e aí proliferar.
O problema é que esta mutação, que parece conferir aos seus detentores imunidade face ao HIV, é rara, pois está presente em apenas 1 a 3% da população europeia. Como tal, é difícil encontrar pessoas com esta mutação.
João Gonçalves, investigador no Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, diz: "É um avanço para o conhecimento de uma via, não para uma nova estratégia terapêutica” e isto porque, "são muitas as variáveis para se institucionalizar uma terapêutica desse modo".
É preciso ter em conta que é necessário que o dador seja compatível e que tenha esta rara mutação genética, assim como também é necessário que esta se encontre num estádio muito inicial.
Como tal e de acordo com o que o investigador afirmou, esta estratégia de cura da SIDA está ainda num estado embrionário pois, embora este caso permitisse o conhecimento de que a eliminação do CCR5 pode tornar as pessoas resistentes à entrada do vírus da SIDA, ainda é cedo para se pensar que assim já se consegue criar uma forma de tratamento para os doentes infectados.
3 comentários:
Bem, esta é a nossa esperança! Se calhar existem mais casos destas mutações só que não estão registados e quem as tem, não sabe. Seria extraordinário ahahah.
Bem, mas já é um grande avanço. E apesar de ser cedo para se tirarem conclusões acerca da cura para a sida já é alguma coisa
texto muito interessante!
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