20 dezembro, 2008



Chegado o fim do primeiro período, foi-nos proposta uma reflexão sobre o blogue e todo o trabalho realizado até aqui.

Neste espaço procurámos abordar, primeiro, os temas de uma forma mais teórica para que, quando lançarmos questões sobre este assunto, não haja dúvidas da parte dos nossos leitores. Desenvolvemos os espaços das notícias para que todos estivessem a par da actualidade no que toca à manipulação da fertilidade, e desenvolvemos ainda um outro espaço de vídeos, basicamente referentes ao uso do preservativo.

Pensamos que este trabalho foi muito produtivo porque recebemos muitas respostas de apoio e motivação por parte das pessoas que consultaram o blogue. Os nossos “leitores” responderam-nos sempre aos desafios que propúnhamos, colocando algumas dúvidas também e lançando pequenas discussões. Além disso, mostraram-nos sempre gosto e interesse pelo que fazíamos e a todos agradecemos!

Não deixem, por isso, de continuar a enviar as vossas dúvidas e sugestões para que, o mais rapidamente possível, possamos responder.


Muito obrigada

Carina, Denise, Rita e Solange

08 dezembro, 2008

Implanon



O Implanon é um dispositivo semelhante à pílula pois actua no organismo através de hormonas.



Este aparelho é aplicado, cirurgicamente, por baixo da pele e uma pequena quantidade de hormonas é libertada todos os meses. As hormonas libertadas são um género de estrogénio que vão impedir a ovulação e a proliferação do endométrio. Este método tem a vantagem de que não é precisa muita preocupação por parte das utilizadoras. Primeiro porque a percentagem de eficácia é extremamente grande e, segundo, a mulher já não tem de estar preocupada em tomar o comprimido, sem falta, porque este aparelho faz sozinho a libertação das hormonas que evitam a gravidez. Ele actua, impedindo a ovulação, na libertação do oócito II e no colo do útero que, através da alteração da sua constituição, impede que os espermatozóides entrem no útero.

Os efeitos secundários mais comuns de pessoas que colocaram este dispositivo foram dores de cabeça, acne, aumento do peso corporal e tensão mamária, entre outros. É importante falar com o seu médico logo que se detectem efeitos indesejados, principalmente se forem graves ou persistentes.
Além disso, outras situações podem implicar maiores cuidados durante o uso do Implanon: se sofres de diabetes, tens peso a mais, sofres de epilepsia, se já tiveste uma trombose, se tens a tensão alta, por exemplo. Deves, se alguns destes for o teu caso, dizer logo ao médico.


Nesta imagem, podem ver como se deve colocar o Implanon. É importante sublinhar que este método deve ser sempre colocado por um médico familiarizado com o processo.

Desafio! :
Sabendo que há sempre o risco de nos esquecermos de tomar o comprimido correspondente à dose diária, achas que este dispositivo deveria substituir a pílula?

05 dezembro, 2008

Aspectos comuns da contracepção cirurgica feminina e masculina

Quanto aos aspectos em comum da vasectomia e da laqueação de trompas podemos frisar que:

- A contracepção cirurgica é o método contraceptivo permanente mais eficaz (cerca de 99%);
- O risco de gravidez é mínimo( na mulher - 2% e no homem - inferior a 1%);
- Actua ao nível das vias genitais impedindo a fecundação;
- São reversíveis mas, é menos eficaz e mais doloroso;
- Não impedem as IST;
- Provocam esterilidade;
- Devem-se efectuar apenas após antingir os 25 anos ou ter 2 filhos ou então, por alguma tipo de problema que precise de ser tratado.





DESAFIO!
Eras capaz de te submeter a um destes métodos sabendo que ficarias permanentemente estéril? Não achas que a sociedade te iria considerar incapacitado/a por já não poderes ter filhos?

30 novembro, 2008

Laqueação de Trompas

Desta vez vamos falar sobre laqueação das trompas que é o contraceptivo cirúrgico utilizado na mulher e que provoca a sua esterilização.
Semelhantemente ao que acontece na vasectomia, na laqueação de trompas efectua-se o corte ou bloqueamento das vias genitais femininas (trompas de falópio), de modo a impedir a passagem dos oócitos II. Em vez do corte ou estrangulamento, também se podem queimar as trompas ou usar fios de sutura para cozê-las, entre outros.



É um tratamento muito seguro e eficaz, mas requer internamento e a realização por um médico especialista porque, se a cirurgia não correr bem, a mulher pode sofrer uma menopausa precoce, algo que é irreversível.
É preciso ter em conta que, apesar de possível, a cirurgia de reversão implica riscos acrescidos e um menor sucesso quanto maior for o tempo entre a laqueação e a reversão. Os processos mais fáceis de reverter são aqueles em que se usa um anel de plástico ou um clipe de titânio, porque lesionam menos o tecido das trompas.


Para aquelas mulheres que se arrependem de ter feito a laqueação de trompas, mas não se querem sujeitar à cirurgia de reversão, existe sempre o recurso à fecundação in vitro (FIV) ou à inseminação artificial (IA), que são processos de PMA que iremos abordar mais tarde. Mas com estes processos as mulheres não se tornam férteis novamente.
Como tal, antes de recorrerem a uma laqueação de trompas, devem ponderar bem certos aspectos, como por exemplo, terem noção do que será o vosso futuro, ter conhecimento daquilo a que se vão sujeitar e quais as suas consequências e, caso decidam avançar, procurem um médico de confiança.

DESAFIO!
As estatísticas mostram que o número de laqueações de trompas é muito superior ao número de vasectomias. Porque será?

24 novembro, 2008

Vasectomia ou Deferentectomia


Este e os próximos textos serão esclarecedores quanto à contracepção cirúrgica que, apesar de ser um método bastante eficaz quanto à prevenção de uma gravidez, NÃO impede o contágio de doenças sexualmente transmissíveis (DST), agora mais apelidadas de infecções sexualmente transmissíveis (IST).


A vasectomia ou deferentectomia é a contracepção cirúrgica usada nos homens, em que se pratica uma incisão na pele do escroto, chegando aos canais deferentes onde é feito o estrangulamento ou corte e se prendem as pontas de forma a impedir a passagem dos espermatozóides. É uma cirurgia de esterilização definitiva, o que impedirá o homem de ter filhos. Portanto, deve-se pensar bem antes de fazer a vasectomia até porque, apesar de possível, a cirurgia de regressão, para além de implicar maiores cuidados, também terá menor sucesso, principalmente, se passar muito tempo entre a vasectomia e a cirurgia de regressão.

Após a vasectomia, o homem não deve ter relações durante 7 dias e deve continuar com o uso de outros métodos contraceptivos até 60 dias pois alguns espermatozóides podem ainda permanecer vivos. Apesar disso, não deixa de ser o método contraceptivo permanente mais eficaz no homem e os seus riscos são mínimos. Podem acontecer alguns hematomas, inflamações nos testículos e infecções raras, mas nada mais grave do que isso.


DESAFIO!
Não será excessivo recorrer a um método tão drástico sabendo que, caso voltem a querer ter filhos, será difícil reverter a operação?
Esclarecimento: O texto foi reformulado e o Desafio alterado, em virtude de, por lapso, se ter referido "até aos 60 anos" quando se queria dizer "durante 60 dias". Pedimos desculpa pelo sucedido.

16 novembro, 2008

Abstinência Periódica

Método do Calendário

Agora iremos falar de um método vulgarmente conhecido como o do calendário. Neste método, a mulher terá de anotar, num calendário, o 1º dia da sua menstruação durante 12 ciclos consecutivos, para que possa saber, com alguma certeza, o tempo que dura o seu ciclo menstrual. Cada ciclo é contado desde o 1º dia em que surge o fluxo menstrual, até ao dia anterior ao surgimento do fluxo seguinte. Depois, pode-se calcular o período fértil.

Para se calcular o período fértil deve proceder-se da seguinte forma:
· Subtrair-se 11 dias ao ciclo menstrual mais longo e 18 dias ao ciclo mais curto.
Exemplo: Mulher com ciclos menstruais entre 25 a 30 dias.
25 - 18 = 7 30 – 11 = 19
Nesta mulher, o período fértil será entre o 7º dia e o 19º dia do ciclo. Entre estes dias a probabilidade da mulher engravidar, sem usar nenhum método contraceptivo, será maior.

Método do muco cervical:

Este método, também conhecido como método de Billings, baseia-se nas alterações do muco cervical que ocorrem ao longo do ciclo menstrual. Este muco é produzido no colo do útero (cérvix), o qual varia de aspecto e consistência ao longo do ciclo.

O muco pode sofrer muitas variações:
· Após a menstruação, normalmente não existe muco. Estes dias são considerados seguros. A probabilidade da mulher ficar grávida se tiver relações sexuais é muito reduzida;

· Depois desta pequena fase, o muco começa a aparecer com um aspecto grosso, pegajoso e esbranquiçado ou amarelado;

· Perto da ovulação, o muco vai-se tornando mais líquido, transparente e elástico, atingindo o máximo da sua fluidez. Ao último dia do muco com estas características chama-se dia do auge. Os dias em que há secreção do muco com estas características são aqueles em que não se deve ter relações sexuais se não se quiser engravidar.

Para que este método seja mais eficaz, terá de ser feita uma observação diária do muco cervical, retirando-o da vagina com dois dedos, para que se possa testar a sua elasticidade, uma vez que esta, durante o período fértil se apresenta muito reduzida, quando o muco é distendido entre dois dedos.

Desafio! :
Neste mundo cientificamente tão avançado e em que o planeamento familiar está ao alcance de todos, achas que ainda faz sentido continuar a recorrer a estes dois métodos anticonceptivos?

09 novembro, 2008

DIU


Hoje vamos falar do dispositivo intra-uterino (DIU) que é colocado no interior da mulher por um médico. Este é introduzido na vagina passando pelo cérvix até ficar no útero e deve ser colocado na altura da menstruação pois é quando o cérvix está ligeiramente mais aberto e existe menos probabilidade de que haja uma gravidez.


Este método contraceptivo pode ter várias formas e algumas delas libertam hormonas que dificultam a proliferação do endométrio. Também actuam no muco cervical, tornando-o mais espesso e aumentando, assim, a eficácia deste método.

Os que contêm hormonas, nomeadamente a progesterona, ao fim de um ano têm de ser substituídos. Já os outros que contêm cobre podem permanecer no útero até 10 anos.


O DIU tem vantagens, tais como ter 97% de efícacia na prevenção da gravidez e ter uma maior duração do que os outros.


Contudo este método pode causar vários problemas, como por exemplo:
- aumento de hemorragias durante a mentruação e cãibras, principalmente durante os primeiros meses de uso;
- sangramento entre os períodos menstruais;
- irritação do pénis do parceiro sexual;
- aumento do risco de doença imflamatória pélvica, podendo levar à infertilidade;
- expulsão acidental do DIU que pode resultar em gravidez inesperada;
- o DIU pode unir-se à parede do útero;
- perfuração do útero pelo DIU que pode ainda causar danos noutros órgãos, bem como hemorragias internas;
- problemas graves no feto se o método falhar e houver gravidez.


Desafio!: Muito poucas jovens usam este método anticonceptivo. Sabes porquê?

02 novembro, 2008

Diafragma

Este método, utilizado pelas mulheres, é um anel flexível, revestido por uma membrana de borracha fina.
A mulher deve colocar o diafragma na vagina 15 a 30 min antes do acto sexual e retirá-lo 6 a 8 horas depois da penetração. Durante a relação sexual, este método contraceptivo cobre o colo do útero, criando assim uma barreira que impede a entrada dos espermatozóides.

Este método deve ser usado com aconselhamento médico pois existem diafragmas de vários tamanhos e deve-se escolher aquele que é mais apropriado para a mulher em questão e que tenha uma adequação perfeita.

Convém usar o diafragma em conjunto com os espermicidas para que a sua eficácia seja mais alta, variando assim entre 82 e 97%. Contudo, este método pode falhar por ter sido mal colocado, por ter uma medida inadequada à mulher ou por não ser usado em conjunto com outros métodos.

Este método tem algumas vantagens, tais como ser relativamente fácil de usar e proteger contra algumas doenças relacionadas com o colo do útero. Não diminui o prazer sexual e dura quatro anos, caso seja bem utilizado e não haja mudanças de peso na mulher. Mas, como em todos os métodos, este também tem desvatagens que são: o seu preço e os efeitos colaterais, como por exemplo a irritação vaginal, reacções alérgicas, dor na relação e infecções urinárias.

Atenção: este método não é recomendado a mulheres virgens, alérgicas a borracha e/ou espermicidas ou que tenham tido bebés recentemente.

Desafio!:

Este método não é comercializado em Portugal. Porque é que achas que isso acontece?

27 outubro, 2008

Espermicidas

Agora iremos falar de um método muito pouco utilizado: os espermicidas.
Os espermicidas são substâncias químicas que existem sob a forma de cremes, geleias, espumas e comprimidos vaginais.

Devem ser aplicadas no fundo da vagina, perto do colo do útero, 15 a 60 minutos antes da relação sexual. A lavagem vaginal para a remoção de um espermicida só deve ser feita passadas 6 horas depois do acto sexual.
Têm como único objectivo aniquilar os espermatozóides que para ali se possam dirigir, evitando assim a sua passagem pelo útero e possível fecundação.
Como qualquer método contraceptivo, os espermicidas também têm vantagens e desvantagens.
Vantagens:
- Não afecta negativamente a saúde da pessoa que o utiliza.
- Muito útil para mulheres que tenham alguma contra indicação ao uso de outros métodos contraceptivos.
- Fácil utilização e não requer supervisão clínica.
Desvantagens:
- Pode provocar reacções alérgicas tanto nas mulheres como nos homens.
- Taxa de eficácia baixa, de apenas 20% , pelo que deve ser utilizado juntamente com outros métodos contraceptivos, como por exemplo o preservativo.

Desafio!!:
Na tua opinião os espermicidas podem oferecer alguma protecção contra IST's?

15 outubro, 2008

Preservativo Masculino

Hoje vamos falar de um dos métodos contraceptivos mais usados, o preservativo masculino. No entanto, não esquecemos que existe também o preservativo feminino, mas que é menos usual.

O preservativo é uma capa fina de latéx, usada na vagina ou no pénis, em que ficam retidos os espermatozóides, evitando assim uma possível gravidez.

Este método, quando usado correctamente, tem uma eficácia que varia de 82% a 97%, sendo um dos métodos contraceptivos com mais eficácia.

Como todos os métodos, este também tem desvantagens, tais como ter de ser comprado pelos utilizadores e não ser reutilizável. Mas nem tudo são más notícias. Também tem vantagens como não fazer mal à saúde e, o mais importante, prevenir as DST, inclusive a SIDA.

Pode haver efeitos colaterais como irritações ou alergias, mas se se for trocando de marca e se usar lubrificante, isso ajudará a não ter alergias.

Já sabem, para relações pouco sérias: preservativo sempre!

Desafio!: Quais as razões que levam as pessoas a não usar preservativo, mesmo havendo tanta divulgação?

Até à próxima publicação onde faremos uma sondagem das respostas dos nossos leitores!

12 outubro, 2008

Pílula do dia seguinte

Chegou a altura de vos falar da pílula do dia seguinte, um comprimido que se toma após uma relação sexual com vista a evitar uma gravidez indesejada.

Quando não se tomam precauções, como o uso da pílula ou preservativo, pode ocorrer fecundação. A pílula do dia seguinte consiste em doses elevadas de hormonas, sobretudo estrogénio, e deve ser tomada em duas doses separadas. O primeiro comprimido deve ser tomado logo que possível após a relação sexual desprotegida e o segundo comprimido entre, no mínimo, 12 e, no máximo, 24 horas após a primeira toma. Este método contraceptivo de emergência evita a fecundação, se esta ainda não se deu, pois inibe a ovulação ou o crescimento do endométrio (parede uterina) que, por não alcançar as condições favoráveis para que ocorra a nidação, impede que a gravidez aconteça.
Este processo não evita as Doenças Sexualmente Transmissíveis e não se pode considerar abortivo pois não interrompe uma gravidez que já se tenha iniciado. Não há sequer dados de que a pílula do dia seguinte provoque danos no feto que se está a desenvolver.

Estes comprimidos devem ser tomados em situações como:
  • Rompimento ou esquecimento do preservativo;
  • Esquecimento da pílula contraceptiva oral para além do prazo máximo admitido após a última toma;
  • Expulsão do DIU (Dispositivo Intra-Uterino);
  • Remoção antecipada ou deslocamento de um diafragma vaginal ou de um cone contraceptivo;
  • Falha do método do coito interrompido;
  • Relação sexual durante o período supostamente fértil quando se optou pelo método da abstinência periódica;
  • Em caso de violação.
Agora respondendo à nossa pergunta. De facto a pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência que não deve ser usado muito frequentemente. A pílula pode provocar dores de cabeça, tonturas, sensibilidade mamária, dores musculares e abdominais, náuseas e vómitos, aparecimento de hemorragia vaginal e fadiga, entre outras.

Desafio!: O próximo tema de que vos vamos falar é do preservativo.
Sendo este um método contraceptivo grátis, visto que é oferecido nos centros de saúde, e tão fácil de usar, porque é que acham que ainda há tantas grávidas adolescentes ?

06 outubro, 2008

Pílula: Eficácia e Consequências


No último post lançámos algumas perguntas às quais obtivemos várias respostas verdadeiras, mas também muitas erradas.


O tópico em que obtivemos mais respostas erradas foi no “a pílula engorda”. A pílula por si só não engorda. O que acontece é que muitas raparigas que começam a tomar a pílula têm já uma certa tendência para engordar. Deste modo, quase tudo serve de “desculpa” do organismo para que a pessoa ganhe peso.
A pílula também não diminui a capacidade da mulher ter filhos. É, até, um método contraceptivo que preserva a fertilidade. Infecções e tumores, que podem ser algumas das causas de esterilidade na mulher, são raros em mulheres que tomam a pílula.

A pílula não é 100% eficaz até porque cada organismo reage de maneira diferente a estímulos exteriores. Não é total, mas é muito grande. Para se saber a eficácia de um método contraceptivo é normalmente usado o Índice de Pearl que consiste em calcular o número de gravidezes indesejadas em 100 mulheres, ao longo de um ano. O índice da pílula está entre 0,32 e o 1,25, isto quer dizer, em 100 mulheres cerca de 1, apenas, fica grávida.


Além disso, a pílula não tem só fins contraceptivos. Esta pode ser usada também para melhorar o acne, o excesso de pêlos, diminui as dores menstruais e o fluxo de sangue perdido.
Mas, apesar de todas as suas boas características, este método contraceptivo também tem os seus contras. Por exemplo, como a pílula é um comprimido que se ingere, demora tempo a que passe para a circulação. Assim, com problemas intestinais ou de estômago, o organismo pode não ter tempo de absorver tudo quanto precisa para que não ocorra ovulação. Deste modo, aquando a relação sexual, há que tomar outras precauções.


Desafio!:
Porque é que a pílula do dia seguinte é só um método usado em último caso? Será porque há muitas medidas que se podem tomar antes, sem se ter de recorrer a esta pílula, ou será por outras razões?

Esperamos que tenham ficado esclarecidos quanto às características da pílula e se tiverem dúvidas, já sabem, contem connosco!

04 outubro, 2008

Pílula, Mecanismo de acção.


O primeiro método contraceptivo de que vos vamos falar é a Pílula. Este tipo de contracepção é dos mais usados devido à facilidade de utilização e à sua quase total eficácia.

Dentro dos ovários da mulher, todos os meses, ocorre o desenvolvimento de folículos, estruturas que contêm uma célula que dará origem ao gâmeta feminino. Durante o desenvolvimento dos folículos, a rodear a célula germinativa, formam-se células foliculares a libertar hormonas. Estas hormonas, que ficam acumuladas em cavidades no interior dos folículos, começam a ficar em grande quantidade e a célula deixa de ter capacidade para as armazenar. Por esta razão, dá-se o rompimento da membrana citoplasmática e ocorre a ovulação que consiste na libertação de hormonas, algumas células foliculares e do gâmeta feminino, oócito II.



A tão conhecida pílula consiste em comprimidos que as mulheres tomam regularmente, ao longo do mês. Esta é constituída por estrogénio e progesterona que são as hormonas produzidas nos folículos. Com a sua administração, o organismo recebe quantidades regulares destas hormonas, o que faz com que elas passem a existir em grandes quantidades dentro dessas mulheres. Deste modo, e porque o nosso sistema está “programado”, neste caso, para actuar no sentido contrário ao que está a acontecer (feed-back negativo), uma mensagem é enviada. Isto é, há uma glândula ao nível do encéfalo, denominada Hipófise, que, através das hormonas FSH (hormona estimulante de folículos) e LH (hormona luteínica), comanda a produção de hormonas como o estrogénio e a progesterona, nos ovários, o desenvolvimento de folículos e, por consequência, a formação do gâmeta feminino. Ao tomar a pílula, a mulher está a “acumular” hormonas, por isso, é enviado à Hipófise a mensagem de que há excesso dessas hormonas, logo, tem de se produzir menos. Deste modo, a Hipófise produz menos FSH e LH o que vai provocar a inibição no desenvolvimento dos folículos. Assim, estes não ficam suficientemente maduros para que ocorra a ovulação. E sem ovulação não há fecundação, nem gravidez.

(Fontes: http://pt.wikipedia.org)



O próximo texto vai estar relacionado com a eficácia e com as consequências que a pílula traz ao nosso corpo e organismo. Mas antes disso, queremos lançar-vos outro desafio!

Desafio!: Mito ou Verdade?

  • Problemas intestinais ou de estômago não têm qualquer interferência com a pílula.

  • A pílula engorda.

  • A pílula é 100% eficaz.

  • A pílula diminui a fertilidade.

  • A pílula tem apenas fins contraceptivos.

Ficamos à espera dos vossos comentários!

01 outubro, 2008

TRIMESTRE DOS CONTRACEPTIVOS

Os métodos contraceptivos são dispositivos ou medicamentos a que o casal pode recorrer de modo a evitar uma gravidez.

Actualmente já existem vários métodos sobre os quais iremos falar durante este trimestre. Assim, os nossos leitores estarão muito mais informados e, sempre que tiverem dúvidas, contem connosco! Começa agora o trimestre dos contraceptivos!


Desafio!:

Pensando, por exemplo, nos milhões de crianças que morrem à fome em África todos os dias e em alguns países que estão cada vez mais envelhecidos devido ao decréscimo da natalidade, o que achas do uso de métodos contraceptivos?

29 setembro, 2008

O porquê do nosso blogue


Antigamente, o acto sexual implicava, quase sempre, uma gravidez. Além disso, aqueles que eram estéreis nunca conseguiam ter filhos. Mas, hoje em dia, devido ao avanço da ciência, já é possível manipular a fertilidade.

Com este avanço, desenvolveram-se os métodos contraceptivos que permitem o acto sexual sem os inconvenientes de uma gravidez indesejada. É o caso do preservativo, da pílula, do diafragma, etc.

Para os casais que querem ter filhos e não conseguem desenvolveram-se técnicas de reprodução assistida que possibilitam uma gravidez. Por exemplo a inseminação artificial, a fertilização in vitro, etc.

Com todo este avanço, já podemos escolher se queremos engravidar ou qual a melhor altura para o fazer.

Porque ainda há muita polémica sobre este assunto e muitas questões para clarificar, decidimos escolher este tema quando nos foi proposto fazer um blogue, na aula de Biologia. Assim, esperamos contribuir para um Portugal mais esclarecido!